segunda-feira, 23 de maio de 2011

Cidades do interior vivem matança de gatos e de cachorros

A vira-lata Cindy foi encontrada morta após ser espancada em Sales Oliveira (363 km de SP) há menos de um mês. O caso faz parte de uma série de mortes criminosas registradas no interior paulista.
Segundo representantes de ONGs de proteção animal e de delegados, ao menos outros 80 animais foram encontrados mortos em Sertãozinho (333 km de SP), Ribeirão Preto (313 km de SP), Sales Oliveira e Campinas (93 km de SP) em dois meses. Na maioria dos casos, há sinais de envenenamento nos animais.
Em Sales, outros 15 animais morreram desde abril. A Polícia Civil diz que ainda não há suspeitos, mas admite a possibilidade de as mortes deste ano estarem relacionadas com as 50 mortes por envenenamento ocorridas em 2010.
Em Ribeirão Preto, 46 animais foram envenenados na segunda “chacina” do ano –na primeira, em março, foram dez os mortos. Em Campinas, ao menos um animal é morto em média por mês, segundo a polícia, além de casos em rituais de magia negra. Em Sertãozinho, voluntários dizem ter encontrado 15 gatos mortos.
Para o presidente da ONG Arca Brasil, Marco Ciampi é preciso difundir o conceito de posse responsável e investir em políticas públicas –como a castração– para reduzir a população animal.
Os abrigos para animais de rua estão no limite ou além da capacidade em várias cidades. A lotação está relacionada, em parte, à lei estadual de 2008, que proibiu o sacrifício de animais capturados.
Em Ribeirão Preto, cerca de 50 animais chegam ao canil da prefeitura por semana contra 40 doados por mês. Sem canis próprios, alguns municípios têm feito parcerias com a iniciativa privada ou improvisam abrigos.

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