sábado, 24 de dezembro de 2011

Mulher mantém colônia de gatos na Grécia

Marilaide Ghigliano, de 67 anos, professora aposentada de italiano e fotógrafa, viaja mais de 2 mil km todos os anos, desde 1994, para rever, a cada mês de setembro, uma pequena colônia de gatos em Lendas, na ilha de Creta, Grécia.
Foto: Reprodução/La Stampa
De acordo com informações do jornal italiano La Stampa, é neste lugar, onde seis famílias vivem de frente para o mar Líbico, que Marilaide passa um mês inteiro cuidando desta colônia de gatos: alimenta, dá carinho, brinca e fotografa.
Quem deu início a esta vida de bilhetes aéreos e quilos de alimento na mala foi Arianna, uma gata com manchas brancas e pretas, recorda Marilaide. “Estava de férias em Lendas com uma amiga quando encontrei Arianna e seus filhotes. Foi paixão à primeira vista”, diz. Ela começou a fotografá-la, depois outros gatos e, após 17 anos, não parou mais de voltar ao local.
Antes da chegada de Marilaide, os gatos de Lendas conheciam apenas o sabor dos restos. “São todos gatos selvagens, ninguém jamais havia dado uma tigela de leite”, conta. Marilaide não desistiu e conseguiu até mudar alguns hábitos da tradição cretense. “Depois de 10 anos, o comércio local começou a colocar nas prateleiras comida para gatos. E os turistas, principalmente os alemães, me viam alimentar a colônia e começaram a me imitar”, explica.
A cada retorno ela encontra gatos recém-nascidos. Outros não encontra mais. A questão é que se o número de gatos se eleva muito, as pessoas os matam. “Em 2002, todos foram envenenados. Foi horrível chegar aqui cheia de entusiasmo e não achá-los.” A solução é a castração. “Para controlar a colônia, é preciso que eles sejam esterilizados, ação que deveria ser responsabilidade das instituições públicas”, completa.
Foto: Reprodução/La Stampa
Para Marilaide, Lendas é um lugar especial. Ela tem fortes laços com as famílias locais que a hospedam todos os anos. Além disso, ela se diverte em dar nomes a cada componente da colônia de felinos: tem o Miaoulis, o Vitellozzo, a Giangisbea e o Parakoulis, que uma vez roubou 200 gramas de carne moída. “Os gatos de Lendas são altos, têm as patas longas e são muito desconfiados. Precisei de 10 anos até que um deles pulasse no meu colo. A confiança deve ser conquistada.”
Na casa de Marilaide, em Turim, na Itália, era esperado que existissem ao menos alguns gatos miando e ronronando na sala de estar. Mas, depois da morte de Paquita, quatro anos atrás, ela não teve mais nenhum.
Foto: Reprodução/La Stampa
Mas se ela for chamada de gateira, ela fica um pouco perplexa. “Seria uma boa gateira se eu me ocupasse também dos gatos de Turim, mas para mim é muita responsabilidade.”
Veja o álbum completo de fotos de Marilaide, clicando aqui.
Fonte: ANDA

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